07 agosto 2014

Europa Fortaleza no programa de Juncker

"Je souhaite promouvoir une nouvelle politique européenne en matière de migration légale. Une telle politique pourrait nous aider à remédier aux pénuries de qualifications spécifiques et à attirer des talents afin d'être mieux à même de relever les défis démographiques qui se posent à l'Union européenne. Je veux que l'Europe devienne au moins aussi attrayante que les destinations migratoires favorites que sont l'Australie, le Canada et les États-Unis. Dans un premier temps, j'ai l'intention de réexaminer la législation sur la «carte bleue», et sa mise en oeuvre peu satisfaisante. Je pense aussi que nous devons nous attaquer plus résolument à la question de l'immigration clandestine, notamment par une meilleure coopération avec les pays tiers, notamment en matière de réadmission. Je désignerai un commissaire chargé de la migration, qui aura pour mission de s'attaquer à ces questions en collaboration avec l'ensemble des États membres et avec les pays tiers les plus concernés. Dernier élément mais non des moindres, nous avons besoin de frontières sécurisées en Europe. Nos politiques communes en matière d'asile et de migration légale ne fonctionneront que si nous pouvons empêcher un afflux incontrôlé de migrants illégaux. Nous devons donc renforcer les capacités opérationnelles de Frontex, l'agence européenne pour la gestion des frontières. Un budget annuel d'à peine 90 millions d'euros ne saurait correspondre à la tâche que représente la protection des frontières communes de l'Europe. Nous avons besoin de mettre en commun plus de ressources entre les États membres pour renforcer le travail de Frontex et mettre en place des équipes européennes de garde-frontières, qui pourront être déployées rapidement dans le cadre d'opérations Frontex conjointes et d'interventions aux frontières. Cette tâche incombe conjointement à tous les États membres de l'UE, au Nord comme au Sud, et doit être assumée dans un esprit de solidarité". 

 O que distingue emigração legal de ilegal? Quem tem direito a entrar na Europa? Quem distingue o que é uma entrada legal na UE à luz das regras disintas de país para país? Este pequeno texto relativo à entrada de cidadãos de outros espaços diz-nos de Juncker e do seu programa para as outras esferas da Comissão Europeia: continuar com o que temos. 

05 agosto 2014

J`accuse

"Quando bombistas suicidas se fazem explodir em autocarros nas cidades de Israel não vejo ninguém preocupado com a curva etária dos passageiros estraçalhados. Por que será?" escreve Eduardo Pitta no seu blogue em 2006. É um blogger particularmente activo, escreve sobre literatura futebol o bes o ps e o psd, diríamos que é um activo incansaável. E de repente, passado quase um mês da mais completa barbárie na faixa de Gaza eis que o seu blogue está omisso, nem uma palavra. Suponho que seja um tema tão difícil que não quis entrar nem somente referir nenhuma informação em relação à catástrofe que, pelas suas características hediondas, não deixa ninguém indiferente. Mas engano-me redondamente. Este não é um tema ausente da reflexão do blogue de Eduardo Pitta. Está presente por todo lado. Mas os bombardeamentos isaelitas que fizeram desde dia 8 do mês passado perto de 1900 mortos na sua maioria civis não merecem uma única palavra deste autor, comentador. O seu silêncio está cheio de sangue. Como o estão as palavras dos que se precipitam a vir falar de sionismo como se da cultura e história semita se tratasse, quem se precipita a vir justificar enquadrar legitimar o que não pode ter em nenhum lugar no mundo onde queiramos ou seja possível viver a mínima desculpa. A dívida de Israel com a História e com a humanidade tornou-se demasiado grande para ser saldada sem acusar os que a silenciam ou justificam de cúmplices deste Holocausto.

03 agosto 2014

INGRESSOS EM MUSEUS E MONUMENTOS: DESVARIO E MIOPIA LUÍS RAPOSO 2014-05-27


Luís Raposo 27-05-2014 

"O que se passa é que de toda a evidência a mera ideia de gratuitidade deve causar incómodo ao actual poder político, como aliás ao anterior, dominados que estão ambos por meros gestores de mercearia (sem ofensa dos merceeiros, claro) e com total ausência de estadistas. 

Finalmente, existe a questão dos preços estabelecidos. Em geral os valores actualmente praticados, ou são mantidos ou sofrem apenas ligeiros aumentos. Com excepções estranhas, em todo o caso. A visita Santa Clara-a-Velha, em Coimbra, é reduzida em 20% (de 5 para 4 euros), porque, segundo informa a directora regional de Cultura, “as pessoas achavam que o valor de entrada era caro” (Diário de Coimbra, 20-5-2014). Mas nos Jerónimos é estabelecido um aumento de 30% (de 7 para 10 euros), não tanto porque as pessoas achem o preço barato, mas porque existe “necessidade de assegurar condições para a salvaguarda e a protecção do Monumento Património da Humanidade de um desgaste provocado pelo contínuo crescimento de visitantes”, segundo fonte anónima da DGPC (Público, 21-5-2014) – o que lido realisticamente quer apenas dizer que as instituição do Estado português “estão-se nas tintas” para os cidadãos nacionais e o seu poder de compra, sabendo bem que assim poderão extorquir mais dinheiro aos turistas".

O texto completo aqui.